terça-feira, 2 de abril de 2013

Não Existe Leite Fraco

A nutricionista Alice Mami Hayashi dá algumas dicas sobre a importância que a nutrição equilibrada da mamãe tem para o desenvolvimento do bebê, em todas as etapas de sua vida.

Ela observa que as práticas alimentares das mulheres durante os períodos de gestação e aleitamento são influenciadas por diversos fatores, inclusive crenças, mitos populares e tabus que, em sua maior parte, não têm respaldo científico.

“O problema maior é que a restrição ou alteração da prática alimentar da futura mamãe em função desses mitos ou tabus pode provocar transtornos e carências nutricionais que irão interferir diretamente no crescimento e desenvolvimento do feto, bem como na lactação, que é a fase da produção e manutenção do leite materno”, ressalta.


Mitos:


“Grávida come por dois e se o desejo não for atendido, o bebê vai nascer com alguma marca.”

Esse é um dos mitos mais populares que existem. Em algumas culturas acredita-se inclusive que a coloração de alguns alimentos pode manchar a pele do bebê, e que alimentos “quentes” podem provocar aborto. A analogia com o aspecto dos alimentos também exerce grande efeito na exclusão de alguns deles, como, por exemplo, acreditar que comer ovos faz com que o bebê nasça careca ou que comer pata de caranguejo provoca má-formação das pernas da criança.

“Não existem justificativas científicas para a exclusão desses ou outros alimentos durante a gravidez e a amamentação. É recomendável que o peso e o estado nutricional da gestante sejam acompanhados, para evitar que uma dieta inadequada resulte em obesidade ou desnutrição”


“Tudo o que a mãe come vai para o leite e pode fazer mal ao bebê.”

Muitas mulheres acreditam que o consumo de determinados alimentos pode provocar gases, cólicas e até assaduras nas crianças. No Pará, por exemplo, as grávidas evitam comer, em uma mesma refeição, carne e frutos do mar com receio de que isso faça mal. Em outras regiões do Brasil, as lactantes não amamentam nos primeiros dias após o parto porque acreditam que o leite materno é “venenoso” ao bebê. Na realidade, o leite materno produzido nos primeiros dias após o parto (colostro) é rico em anticorpos e confere imunidade ao bebê.

De fato, tudo o que a mãe ingere e o organismo metaboliza, em parte chega ao leite materno. Porém, isto não significa que certamente fará mal ao bebê. “Com exceção do consumo de bebidas alcoólicas, não se encontra respaldo científico suficiente que justifique a restrição total do consumo de refrigerantes, alimentos com cafeína, aditivos ou gordura, frutas ácidas, abóbora, cebolinha, repolho, alho, couve-flor, aspargos, peixes, carne de porco, feijão, abacate, ovo, leite, chocolate, pimenta e temperos picantes, que podem ser consumidos moderadamente dentro de uma alimentação balanceada”, diz a nutricionista.


“Comer canjica e beber cerveja preta aumenta a quantidade e fortalece o leite materno.”

Ao contrário do que muitos imaginam, não existe leite fraco. Todas as mulheres, mesmo desnutridas, produzem leite com a mesma composição nutricional, capaz de satisfazer as necessidades do recém-nascido.

Algumas crenças culturais ou familiares ressaltam a importância de consumir canjica, cerveja preta, leite, chá de folhas de algodoeiro, líquidos em abundância, mingau de arroz, caldos de galinha, feijão, peixe ou carne, açaí, sopa de fubá e arroz doce para auxiliar o aleitamento materno. “Contudo, não há explicações comprovadas de como seria a ação desses alimentos”, diz a nutricionista.


“Criança com baixo peso ou prematura não deve ser amamentada.”

Todos os recém-nascidos, independentemente do peso ou da idade gestacional ao nascer, devem receber leite materno. Alice esclarece que “bebês prematuros ou com baixo peso, que ainda apresentem capacidade limitada de sugar e mamar normalmente, podem ser amamentados com leite ordenhado da mãe ou de um banco de leite, oferecido com colher ou copinho, por exemplo”.


“Nos intervalos entre as mamadas é preciso dar água ao bebê.”

“O leite humano supre todas as necessidades do bebê nos primeiros meses, inclusive hídricas”, explica. Dar água, chás ou sucos ao bebê traz saciedade, levando à diminuição do número e da duração das mamadas, o que pode reduzir a produção do leite. “Também pode causar diarreias e doenças no bebê, pois seu organismo ainda não está preparado para receber outro alimento que não seja o leite materno”.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Bom Saber...


Existe o risco da mulher que tem HIV passar o vírus para seu bebê durante a amamentação. Mulheres que vivem com HIV/aids, ou que suspeitem ter o vírus, devem procurar auxílio médico para ser testadas, aconselhadas e orientadas sobre como proceder para evitar a contaminação da criança.















É importante que todos saibam como evitar a contaminação pelo HIV. Mulheres grávidas ou jovens mães devem estar cientes de que, se contaminadas pelo HIV, podem transmitir o vírus a seus filhos durante a gravidez, no parto ou durante o aleitamento materno.

Mulheres grávidas ou mães que acabaram de ter seus filhos, se forem HIV positivo (ou apenas suspeitarem), devem procurar o serviço de saúde para ser testadas e orientadas.

A mãe HIV positivo não pode amamentar, mas o bebê pode tomar a fórmula infantil, que é de graça, em uma situação aconchegante, com a mesma atenção e carinho.

A gestante HIV positivo deverá receber o “Guia Prático de Alimentos para Crianças Menores de 12 meses que não podem ser Amamentadas”. A mãe soropositiva deverá ter sua lactação inibida logo após o parto por enfaixamento ou uso de inibidor de lactação. Deverá receber apoio tanto da equipe de saúde como das pessoas em quem confia para não se sentir discriminada por não estar amamentando.



Fonte: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_10018.htm

segunda-feira, 11 de março de 2013

Aleitamento materno UNICEF

© UNICEF/BRZ/Mila Petrill


Estudos demonstram que o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida pode evitar, anualmente, mais de 1,3 milhão de mortes de crianças menores de 5 anos nos países em desenvolvimento (Lancet 2008). Os bebês até os seis meses não precisam de chás, sucos, outros leites, nem mesmo de água. Após essa idade, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, mas a amamentação deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais.

Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir 22% a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28º dia de vida – nos países em desenvolvimento. No Brasil, do total de mortes de crianças com menos de 1 ano, 69,3% ocorrem no período neonatal e 52,6%, na primeira semana de vida.

O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois, auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E, além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.
Para incentivar o aleitamento materno exclusivo e apoiar mães e famílias no cuidado com seus bebês, o UNICEF utiliza, no Brasil, o kit Família Brasileira Fortalecida e o álbum Promovendo o Aleitamento Materno, para que o município assegure o direito da gestante e do bebê ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida. Também incentiva hospitais e maternidades para que se tornem Hospitais Amigos da Criança, mudando condutas e rotinas responsáveis pelos altos índices de desmame precoce e promovendo a humanização do parto.

Amamentação garante saúde ao bebê e à mãe



Bebês que são amamentados ficam menos doentes e são mais bem nutridos do que aqueles que ingerem qualquer outro tipo de alimento.

Utilizar substitutos do leite materno, como fórmulas infantis ou leite de outros animais, pode ser um grande risco para a saúde do bebê. Isso ocorre principalmente quando os pais não podem comprar os substitutos na quantidade necessária ou quando a água que utilizam para preparar o alimento não é limpa o suficiente.
Quase todas as mães conseguem amamentar com sucesso. Aquelas que não possuem confiança para amamentar precisam do estímulo e do apoio prático do pai da criança, bem como da família e dos amigos. Agentes de saúde, organizações femininas, a mídia e os empregadores também podem oferecer o seu apoio.

Todos devem ter acesso às informações sobre os benefícios do aleitamento materno. É obrigação de cada governo fazer com que as pessoas tenham acesso a essas informações.



Fonte: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_10003.htm

Receitas de uma boa amamentação



Conheça dicas importantes para facilitar a amamentação e evitar problemas comuns nesta fase de vida.



Amamentar não é um dom materno, que nasce com a mulher. Nem toda mamãe consegue amamentar seu filho sem alguma ajuda. E muitas, sem ajuda, desistem no meio do caminho. E como a amamentação hoje em dia é muito incentivada, mas não bem orientada, as mamães ficam com uma culpa enorme por não conseguir.

A mamãe sabe da importância do amamentar seu filho e o bebê sabe sugar. O problema está em juntar esses dois atos, principalmente quando o pequeno chora de fome. Quanto mais o bebê chora, mais a mamãe fica nervosa e mais difícil é amamentar.

Amamentação é um ato que deve ser aprendido, explica a fonoaudióloga Jamile Elias. A profissional dá dicas importantes para facilitar a amamentação e evitar problemas comuns nesta fase de vida.

A primeira delas é procurar um lugar tranqüilo para amamentar, onde mamãe e bebê possam se curtir ao máximo. A posição ideal para uma melhor amamentação é aquela em que o bebê abocanhe toda aréola do seio da mamãe. A posição normalmente mais fácil de fazer isso é aquela em que o bebê fica barriga com barriga com a mamãe, em que a cabecinha fica acomodada na volta de dentro do cotovelo da mamãe, facilitando também o contato olho a olho de mãe e bebê.

Se seu bebê já acorda berrando de fome, tente acordá-lo um pouco antes para que não chore de fome, dificultando a pega. O bebê estará mais calmo, abocanhará a aréola e nem mamãe e nem bebê ficarão estressados na hora da amamentação.

Segredinhos - Caso o bebê tenha o hábito de acordar com fome logo depois de ter mamado, como se não tivesse "comido", as mamães podem fazer o seguinte. Antes de dar o peito, esvazie-o um pouco para retirar o leite anterior que é constituído basicamente por água.

“É esse leite que mata a sede do bebê, por isso que um bebê amamentado somente no peito não precisa nem de água. Depois de esvaziado, o leite que ficará no peito será o posterior que contém mais gordura, matando mais a fome do bebê e o saciando melhor, oferecendo a ele um maior tempo de sono”, conta Jamile Elias.

Outro erro comum que não sacia a fome do bebê é mudar de peito sem esvaziar o primeiro completamente. Fazendo isso, o bebê toma todo o leite anterior de um peito e do outro peito. Quem não fica de barriga cheia depois de beber um monte de água? Mas a fome aparece rapidinho e é por isso que o bebê que acabou de mamar os dois peitos acorda logo chorando de fome. Deixe o bebê esvaziar todo um peito para depois oferecer o outro, assim terá certeza que o bebê mamou o leite anterior e o posterior.

Mesmo que o bebê não chore de fome, é bom esvaziar o peito um pouco antes de amamentar, principalmente se as mamas estiverem muito cheias, para o bebê abocanhar melhor toda a aréola. Quem consegue beliscar uma bexiga quando está completamente cheia? Se esvaziarmos fica mais fácil. É o que acontece com o bebê, abocanhar um peito muito cheio é mais difícil, assim o bebê abocanha somente o bico, machucando, e às vezes muito, a mamãe. Mamas pouco mais vazias são fáceis de abocanhar e toda a aréola ser pega, sem risco de machucar o bico.

Ainda há muitas outras dicas, mas já é um começo. Nunca dispense a orientação de seu médico ou de um especialista em amamentação, como um fonoaudiólogo. Esclareça sempre suas dúvidas.


Dicas

Nunca se culpe por não conseguir. Procure ajuda e verá que a amamentação ficará mais fácil.

Se as mamas estiverem muito cheias, evite banhos quentes. Prefira banhos mornos a frios.

Lembre-se sempre que o melhor alimento para o seu bebê até os seis meses é o leite materno.


Bruno Rodrigues http://guiadobebe.uol.com.br/receitas-de-uma-boa-amamentacao/

Será que leite é suficiente?



É comum que as mamães de primeira viagem fiquem preocupadíssimas se o bebê está sendo bem alimentado. Como saber se o seu pequenino já mamou o suficiente?

O bebê saudável molha muitas fraldas por dia. Em geral, são seis fraldas depois que ele começa a mamar regularmente. O xixi deve ser amarelo claro e as fezes soltas e amareladas nas primeiras seis semanas. Outra dica para saber se ele está mamando direito é ouvi-lo engolindo o leite e verificar se o peito da mãe fica mole e vazio depois de amamentar. O sono do bebê também é uma boa pista. Logo depois de uma boa mamada, com a barriga cheia e a fralda limpa, é provável que ele caia no sono. Isso é sinal que ele está satisfeito.

O peso do bebê também não deixa a mãe se enganar. Nas primeiras semanas de vida é natural a criança perder até 10% do seu peso e só voltar a recuperá-lo no final da terceira semana, para então começar a ganhar peso continuamente. O pediatra deverá acompanhar o ganho de peso a cada consulta.

Se tudo estiver parecendo normal com a alimentação do bebê e ainda assim ele parecer inquieto e choroso depois das mamadas, pode ser que outra coisa que não seja fome esteja lhe incomodando. E se a mamãe não conseguir detectar logo o problema, o melhor é conversar com o pediatra do bebê.

Fonte: Paula R. F. Dabus http://guiadobebe.uol.com.br/sera-que-leite-e-suficiente/

Só leite materno até os 6 meses



Os pediatras não cansam de dizer: até os seis primeiros meses o bebê não precisa de mais nada além do leite materno. E pode acreditar. Não fique pensando que o seu pequeno deve estar cansado de comer sempre a mesma coisa nas refeições. Nem água ou chazinho é necessário nesse período. Isso pode diminuir a vontade de mamar e a conseqüência é a diminuição na produção de leite. A conta é simples: quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido. Portanto, nada de querer incrementar o cardápio do seu pequenino.

O leite é o alimento ideal para matar a sede e saciar a fome do bebê. “De uma maneira simplificada, podemos explicar que o leite do início da mamada é mais rico em água e açúcar, saciando também a sede do bebê, e o do final da mamada, mais rico em gordura, sendo mais calórico e fornecendo mais saciedade e ganho ponderal à criança”, diz a pediatra Sílvia Maria Baliero Nigro. É por isso que os profissionais de saúde usam os termos leite do começo e leite do fim.

É só depois dos seis primeiros meses que o bebê vai poder experimentar novos sabores e texturas, quando são introduzidos mingaus, sopas e frutas no menu.

Fonte: Paula R. F. Dabus http://guiadobebe.uol.com.br/so-leite-materno-ate-os-6-meses/

sábado, 9 de março de 2013

Dieta para lactante



Um cardápio completo, de uma semana, para as mulheres que engordaram muito na gravidez e agora precisam recuperar o peso e se manter saudáveis na amamentação

Se você acumulou mais quilos do que deveria, não há motivo para desespero. Logo após o parto, são eliminados entre 6 e 8 kg apenas com a retirada do bebê, da placenta e com a expulsão de líquidos. Uma semana depois, boa parte do inchaço vai embora e, com ele, mais uns 8 kg. Outro número que vale a pena ter na cabeça: para produzir leite e amamentar, o organismo consome cerca de 500 calorias por dia, o que equivale a um almoço bem servido, com direito a sobremesa! "Se a mãe fizer uma dieta balanceada, entre 1.800 e 2.000 calorias por dia e se exercitar de acordo com a recomendação do obstetra, facilmente ela vai enxugar de 500 g a 1 kg por semana. O melhor de tudo: sem prejudicar a disposição e a imunidade", afirma a nutricionista Flávia Ramos, do Rio de Janeiro.

Para chegar lá, a especialista sugere fazer de seis a oito pequenas refeições ao longo do dia, consumir alimentos ricos em fibras e água e pobres em gordura e dar preferência às frutas e aos cereais nos intervalos. "Assim, você evita os picos de insulina, que aumentam a vontade de comer doce", completa ela, que assina o cardápio abaixo. Invista na recomendação, conquiste um peso saudável e fique bem nutrida para amamentar seu bebê.












Fonte: Shâmia Salem e Simone Ota http://bebe.abril.com.br




Pesquisa mostra que acompanhar amamentação de filhos é positivo para homens


Acompanhar a amamentação, tão relacionado às mães e às mulheres, faz com que os homens tenham condições para entender e apoiar suas companheiras.

A participação do processo de amamentação dos filhos, além de ser importante na preparação do homem para a paternidade, constrói um ambiente doméstico colaborativo. De acordo com a professora da Universidade de Marília (Unimar) e doutora em Enfermagem, Tereza Lais Menegucci Zutin, “a percepção dos homens, em sua maioria, é de que acompanhar o processo de amamentação do filho representa uma experiência marcante”.


Lais é autora do estudo A posição do homem no processo de amamentação: um ensaio sobre a produção de sentidos, apresentado na Escola de Enfermagem (EE) da USP sob orientação da professora Isilia Aparecida Silva. Para realizar sua pesquisa de doutorado, iniciada em 2008, a professora entrevistou sete homens, residentes no Município de Marília, em São Paulo, de qualquer idade, condição socioeconômica e cor, que fossem pais de bebês nascidos na Maternidade Gota de Leite. Outro critério estabelecido foi de que estes homens morassem com as mães dos seus filhos pelo menos desde o nascimento destes. Dessa forma, submeteu esses homens a questionários e entrevistas para verificar as impressões masculinas durante processos de aleitamento.


A Associação Feminina de Marília Maternidade “Gota de Leite” é uma instituição que completou 82 anos de assistência em Marília. Nesta instituição, a maioria dos seus leitos são destinados à rede SUS, ainda que também receba pacientes particulares. Além da realização de partos e outras assistências pré-natais, na Associação são oferecidos às famílias cuidados após o nascimento dos bebês, inclusive com campanhas de estímulo ao aleitamento dos recém-nascidos por suas próprias mães.



Demandas familiares

Nas entrevistas para a pesquisa, foi questionado a esses homens como era a sua experiência como homem e marido na vivência do processo de amamentação de seus filhos. Buscar essas impressões auxiliou na compreensão de como é “A Posição” do homem no processo de amamentação: como ele se posiciona, como ele se sente e como ele explica; As ações do homem no processo de amamentação: o que ele faz? como ele percebe o que faz? e As relações familiares no processo de amamentação: como ele descreve as relações e o que fazem as pessoas.

Segundo a professora, acompanhar este processo, tão relacionado às mães e às mulheres, faz com que os homens tenham condições para entender e apoiar suas companheiras. Assim, “a experiência do homem no processo de amamentação mostra uma significativa transformação do papel masculino”, pois conforme Lais nos diz, incluir homens nas demandas familiares os coloca em situações que antes, devido às pressões sociais, eles não reconheciam. “Torna-se também um universo de oportunidades de integração familiar e de reconhecimento da figura paterna, que vai além do conceito do homem provedor de recursos, embora ainda esta personagem resista, para alguns”, termina.


Fonte: Mariana Melo
Agência USP

sexta-feira, 8 de março de 2013

Como devo me preparar para a amamentação?



Aprenda o máximo que puder sobre a amamentação antes de o bebê nascer. Converse com outras mães que amamentem e leia sobre o assunto. Se puder, faça um curso pré-natal.

Quanto mais você souber sobre como funciona o aleitamento e os benefícios do leite materno, maiores serão suas chances de ser bem-sucedida na tarefa, já esperta para eventuais dificuldades.

Durante a gravidez, o corpo vai se preparando naturalmente para a amamentação. Esse é um dos motivos para os seios crescerem tanto na gestação -- os ductos mamários e as células que produzirão leite estão se desenvolvendo, e a área fica mais irrigada de sangue.

Outra coisa concreta que você pode fazer é se assegurar de que na maternidade onde vai dar à luz seja permitido que o bebê tenha contato com o seio o quanto antes. Os chamados "hospitais amigos da criança" (certificação do Unicef) garantem esse primeiro contato.

Mesmo se seu filho nascer de cesárea, você pode pedir ao médico que permita que o bebê sinta e cheire sua mama assim que for possível. O bebê nem precisa mamar nesse primeiro momento -- basta esse contato para ajudar a promover o aleitamento. Em caso de parto normal, esse aconchego inicial fica mais fácil, já que você estará semi-sentada. 



Meu peito não cresceu muito na gravidez. Vou conseguir dar de mamar?

O tamanho do seio não tem nada a ver com o sucesso na amamentação -- mesmo que seu peito continue pequeno, isso não vai diminuir as chances de amamentar seu filho.

Caso você tenha feito cirurgia de redução das mamas, talvez tenha mais dificuldade para amamentar, mas não há nada que você possa fazer antes de tentar -- a não ser se informar bastante e conversar com mamães experientes.

Quem tem próteses de silicone nos seios não precisa fazer nenhum procedimento especial, e as próteses não devem interferir na amamentação.

Meus mamilos são planos. O que posso fazer?

Para quem tem mamilos planos ou invertidos, vale a pena usar conchas de plástico, vendidas em farmácias e lojas de artigos para bebê, para tentar ir formando o bico do seio. 

Alguns médicos também recomendam massagear a área do mamilo, sempre com cuidado para não provocar contrações uterinas. Converse com seu ginecologista e leia mais sobre como amamentar com mamilos planos ou invertidos.

Preciso deixar os mamilos mais resistentes antes de o bebê nascer?

As modificações hormonais provocadas pela gravidez já são preparação suficiente para a maioria das mulheres. Em princípio, não é preciso usar cremes nem pomadas nos mamilos, nem ordenhar o colostro antes do parto. Também não é necessário esfregar os mamilos com esponja áspera para torná-los mais resistentes.

Se você tiver chance, tomar um pouco de sol nos mamilos, sempre com a proteção de filtro solar e evitando o horário entre as 11h e as 16h, pode deixá-los mais resistentes.

O que preciso comprar com antecedência, para amamentar?

Na verdade, na verdade, para dar de mamar você não precisa de nada. Os acessórios abaixo podem facilitar:

Absorventes para seios: Colocados dentro do sutiã, esses absorventes ajudam a manter suas roupas secas e sem manchas entre as mamadas, porque os seios podem vazar. Existem os descartáveis e os laváveis.
Concha para seios: Também dentro do sutiã, ajudam a formar o bico e a manter os mamilos arejados, se eles estiverem rachados. Há modelos que recolhem o leite que vaza num seio enquanto o bebê mama no outro.
Pomada contra rachaduras nos mamilos: Existem pomadas, como a de lanolina pura, que podem ser aplicadas nos mamilos para ajudar na cicatrização se eles estiverem rachados. Compre um tubinho bem pequeno, porque elas rendem bem.
Sutiãs de amamentação (2, para começar): Como a gravidez muda o tamanho e o formato dos seios, vale a pena comprar os sutiãs de amamentação mais no finalzinho e conferir se não precisarão ser trocados para servir melhor. Lembre-se de que, cheio de leite, o peito pode aumentar ainda mais.
Almofada de amamentação: Em formato de meia lua, ela ajuda a posicionar o bebê no comecinho. Mas não é essencial. Um travesseiro ou vários travesseirinhos pequenos podem fazer o mesmo papel.
Poltrona de amamentação: Também não é absolutamente essencial. Mas veja se na sua casa há um lugar confortável e prático para você amamentar. Lembre-se de que você vai passar umas boas horas por dia dando de mamar ao bebê, e é importante estar confortável.


Não é preciso comprar bombinha tira-leite com antecedência. Deixe para pensar nisso mais para a frente, quando você já estiver bem acostumada com a amamentação.

Fonte:
http://brasil.babycenter.com/a1500019/como-se-preparar-para-a-amamenta%C3%A7%C3%A3o#ixzz2MwrsqRdc

quinta-feira, 7 de março de 2013


Consumidora acha pedaços de vidro em lata de leite em pó, e Estado determina que lote seja recolhido




Ao comprar uma lata de leite em pó Ninho fases 1+, da Nestlé, para a filha de apenas seis meses, uma consumidora não imaginava o que iria encontrar no interior da embalagem: cacos de vidro.

Os objetos cortantes foram descobertos quando a irmã da cliente feriu o dedo ao tentar identificar o item.

Surpresa, a jovem buscou o Procon-RJ e denunciou a empresa. Ela foi encaminhada à Delegacia do Consumidor onde foi feito o registro de ocorrência. A lata de leite foi encaminhada para a perícia.

A lata foi comprada, no domingo, no Supermercado Mundial, da Ilha do Governador.

— Fiquei indignada por isso ter acontecido com a Nestlé, que é uma marca tão conhecida. Acidentes acontecem mas, poderia ter ocorrido coisa muito pior com a minha filha — disse a consumidora, que preferiu não se identificar.

De acordo com o Procon-RJ, a Secretaria de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor determinou que a entidade providenciasse o recolhimento de todas as unidades do lote 2306046021 0707.

Equipes de fiscalização do órgão seguiram para o os supermercados e, farmácias da Ilha do Governador para recolher todo o lote do produto denunciado.

O Procon-RJ notificou a Nestlé que deve apresentar em até 24 horas a relação de todos os estabelecimentos para os quais foram distribuídos os produtos do lote em questão.

Até que a perícia indique que não há objetos cortantes no inteior das latas de leite em pó, tudo será recolhido.

Procurada, a assessoris de imprensa da Nestlé não foi localizada.

Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/economia/consumidora-acha-pedacos-de-vidro-em-lata-de-leite-em-po-estado-determina-que-lote-seja-recolhido-7776029.html#ixzz2MuZ97bZF

Como funciona a produção de leite

A pré-produção de leite começa durante a gravidez

As transformações físicas -- seios mais sensíveis, inchados e com mamilos mais escuros e aréolas maiores -- costumam ser um dos primeiros sinais de que você engravidou.

E essas transformações não são somente um capricho da natureza para confirmar que você está grávida.


Especialistas acreditam que a mudança de cor do mamilo, por exemplo, possa ajudar na futura amamentação, já que seria uma espécie de "jeitinho" do organismo para orientar melhor os recém-nascidos.


Outra alteração, o aparecimento de pequenas bolinhas ao redor da aréola do seio, também tem papel vital no ato de amamentar. Essas bolinhas produzem uma substância oleosa responsável por limpar, lubrificar e proteger o seio de infecções durante a amamentação.



Por dentro dos seios

Talvez mais impressionante até do que as transformações visíveis são as enormes mudanças que estão ocorrendo por dentro dos seus seios.
A placenta em desenvolvimento estimula a liberação dos hormônios estrogênio e progesterona, os quais, por sua vez, deflagram o complexo sistema biológico que torna a lactação possível.





Antes da gestação, as mamas são formadas por uma combinação de tecidos, glândulas mamárias e gordura (a quantidade de tecido adiposo difere de mulher para mulher, daí a enorme variedade de tamanhos e formatos de seios).


O incrível é que seus seios já estavam se preparando para uma gravidez desde que você era um embrião de 6 semanas no útero de sua mãe. A criança já nasce com os principais ductos mamários formados.


As glândulas mamárias não dão sinal de vida até a puberdade, quando uma enxurrada do hormônio feminino estrogênio as faz crescer e inchar. Durante a gestação, essas glândulas trabalham a todo vapor.


No momento em que o bebê nasce, o tecido glandular de suas mamas já dobrou de tamanho, o que explica a mudança radical no número do sutiã!


Em meio às células adiposas e ao tecido glandular localiza-se uma rede de canais, chamados ductos. Os hormônios da gravidez fazem com que esses ductos aumentem de quantidade e tamanho e se dividam em canais menores perto da região peitoral. Na extremidade de cada um deles há uma aglomeração de pequenos sacos, semelhante a um cacho de uvas, conhecidos como alvéolos.


Um conjunto de alvéolos forma um lóbulo, e uma reunião de lóbulos é um lobo. Cada seio contém de 15 a 20 lobos.


O leite é produzido dentro dos alvéolos, os quais são rodeados por diminutos músculos que pressionam as glândulas e empurram o leite para os ductos. Os cerca de nove ductos lactíferos de cada seio são como canudos isolados que chegam à extremidade do mamilo, formando um "chuveirinho" que leva o leite para a boca do bebê.


O sistema de distribuição do leite fica completamente pronto já no segundo trimestre de gravidez, para que a mulher possa amamentar o bebê mesmo que ele seja prematuro.



A produção de leite aumenta quando o bebê nasce

Produção de leite e prolactina

A produção de leite em grande escala começa de 24 a 48 horas depois que você dá à luz. Esse período é cientificamente conhecido como lactogênese.

Após a retirada da placenta, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona começam a declinar. O hormônio prolactina, cuja quantidade vinha aumentando durante toda a gestação, é então liberado, para sinalizar ao corpo que é hora de produzir bastante leite.


Pesquisas indicam que a prolactina é também responsável por uma sensação maior de "maternidade", daí ter sido batizada por alguns especialistas de o hormônio do instinto materno. Em geral, o leite demora mais para "descer" no primeiro filho.


À medida que seu corpo se prepara para a lactação, ele libera mais sangue para a região dos alvéolos, deixando os seios firmes e cheios. Vasos sanguíneos meio inchados, combinados com a abundância de leite, podem deixar as mamas temporariamente doloridas, quentes e cheias demais, e provocar um ingurgitamento mamário (O ingurgitamento mamário é o nome técnico que se dá ao "leite empedrado" nas mamas da recém-mamãe. O ingurgitamento ocorre com alguma frequência especialmente no início da período de amamentação, logo após o parto. Os primeiros 4 dias são os mais críticos), porém a própria amamentação ajudará a aliviar o desconforto inicial.



Primeiro desce o colostro

Nos primeiros dias de aleitamento, o bebê será alimentado por uma substância viscosa, meio transparente e rica em proteínas conhecida como colostro. É possível que nas últimas semanas de gestação você tenha notado o vazamento de gotas deste líquido esbranquiçado (para algumas mulheres isso já ocorre no segundo trimestre).

Esse precioso líquido é cheio de anticorpos chamados de imunoglobulinas, fortificantes naturais para o sistema imunológico do bebê. O leite materno se transforma no decorrer da amamentação a fim de suprir todas as necessidades da criança.


         
 Para que o bebê possa mamar, é preciso que o leite "desça" dos alvéolos. O processo funciona assim: o bebê suga o mamilo, o que estimula a hipófise a liberar os hormônios ocitocina e prolactina para a corrente sanguínea. Ao alcançar seu seio, a ocitocina provoca a contração dos pequenos músculos ao redor dos alvéolos cheios de leite. O líquido passa então para os ductos, que o transportam para os ductos que ficam pouco abaixo da aréola do seio. Ao sugar, o bebê faz com que o leite dos ductos chegue à sua boca.

Nos primeiros dias de amamentação, talvez você sinta alguma contração no abdome, na forma de cólicas, bem na hora em que o bebê estiver mamando. A sensação sinaliza a liberação da ocitocina, que ajuda o útero a voltar ao tamanho normal (esse mesmo hormônio provocou a contração do útero durante o trabalho de parto).

Também pode ser que junto com a contração venha um fluxo vaginal mais intenso de sangue, portanto capriche no absorvente. Essas cólicas são mais intensas a partir do segundo filho, e em alguns lugares do Brasil são chamadas até de "dor de parto".

Um outro sinal é que você poderá se sentir calma, satisfeita e alegre ao amamentar. A ocitocina é, afinal, conhecida como o hormônio do amor!

Com o aumento do fluxo de leite, é possível que você também sinta formigamento, queimação ou ardor nos seios. É fundamental estar tranquila durante a amamentação para que o leite desça com facilidade.

Muitas mulheres comparam o aleitamento ao aprendizado de andar de bicicleta: pode ser complicado no começo, mas, quando você pega o jeito, fica parecendo impossível que um dia não tenho sabido fazer.

Lembre-se de investir no repouso e na hidratação, e não use sutiãs muito apertados, para que seu peito possa se encher de leite.

Fonte: