terça-feira, 2 de abril de 2013

Não Existe Leite Fraco

A nutricionista Alice Mami Hayashi dá algumas dicas sobre a importância que a nutrição equilibrada da mamãe tem para o desenvolvimento do bebê, em todas as etapas de sua vida.

Ela observa que as práticas alimentares das mulheres durante os períodos de gestação e aleitamento são influenciadas por diversos fatores, inclusive crenças, mitos populares e tabus que, em sua maior parte, não têm respaldo científico.

“O problema maior é que a restrição ou alteração da prática alimentar da futura mamãe em função desses mitos ou tabus pode provocar transtornos e carências nutricionais que irão interferir diretamente no crescimento e desenvolvimento do feto, bem como na lactação, que é a fase da produção e manutenção do leite materno”, ressalta.


Mitos:


“Grávida come por dois e se o desejo não for atendido, o bebê vai nascer com alguma marca.”

Esse é um dos mitos mais populares que existem. Em algumas culturas acredita-se inclusive que a coloração de alguns alimentos pode manchar a pele do bebê, e que alimentos “quentes” podem provocar aborto. A analogia com o aspecto dos alimentos também exerce grande efeito na exclusão de alguns deles, como, por exemplo, acreditar que comer ovos faz com que o bebê nasça careca ou que comer pata de caranguejo provoca má-formação das pernas da criança.

“Não existem justificativas científicas para a exclusão desses ou outros alimentos durante a gravidez e a amamentação. É recomendável que o peso e o estado nutricional da gestante sejam acompanhados, para evitar que uma dieta inadequada resulte em obesidade ou desnutrição”


“Tudo o que a mãe come vai para o leite e pode fazer mal ao bebê.”

Muitas mulheres acreditam que o consumo de determinados alimentos pode provocar gases, cólicas e até assaduras nas crianças. No Pará, por exemplo, as grávidas evitam comer, em uma mesma refeição, carne e frutos do mar com receio de que isso faça mal. Em outras regiões do Brasil, as lactantes não amamentam nos primeiros dias após o parto porque acreditam que o leite materno é “venenoso” ao bebê. Na realidade, o leite materno produzido nos primeiros dias após o parto (colostro) é rico em anticorpos e confere imunidade ao bebê.

De fato, tudo o que a mãe ingere e o organismo metaboliza, em parte chega ao leite materno. Porém, isto não significa que certamente fará mal ao bebê. “Com exceção do consumo de bebidas alcoólicas, não se encontra respaldo científico suficiente que justifique a restrição total do consumo de refrigerantes, alimentos com cafeína, aditivos ou gordura, frutas ácidas, abóbora, cebolinha, repolho, alho, couve-flor, aspargos, peixes, carne de porco, feijão, abacate, ovo, leite, chocolate, pimenta e temperos picantes, que podem ser consumidos moderadamente dentro de uma alimentação balanceada”, diz a nutricionista.


“Comer canjica e beber cerveja preta aumenta a quantidade e fortalece o leite materno.”

Ao contrário do que muitos imaginam, não existe leite fraco. Todas as mulheres, mesmo desnutridas, produzem leite com a mesma composição nutricional, capaz de satisfazer as necessidades do recém-nascido.

Algumas crenças culturais ou familiares ressaltam a importância de consumir canjica, cerveja preta, leite, chá de folhas de algodoeiro, líquidos em abundância, mingau de arroz, caldos de galinha, feijão, peixe ou carne, açaí, sopa de fubá e arroz doce para auxiliar o aleitamento materno. “Contudo, não há explicações comprovadas de como seria a ação desses alimentos”, diz a nutricionista.


“Criança com baixo peso ou prematura não deve ser amamentada.”

Todos os recém-nascidos, independentemente do peso ou da idade gestacional ao nascer, devem receber leite materno. Alice esclarece que “bebês prematuros ou com baixo peso, que ainda apresentem capacidade limitada de sugar e mamar normalmente, podem ser amamentados com leite ordenhado da mãe ou de um banco de leite, oferecido com colher ou copinho, por exemplo”.


“Nos intervalos entre as mamadas é preciso dar água ao bebê.”

“O leite humano supre todas as necessidades do bebê nos primeiros meses, inclusive hídricas”, explica. Dar água, chás ou sucos ao bebê traz saciedade, levando à diminuição do número e da duração das mamadas, o que pode reduzir a produção do leite. “Também pode causar diarreias e doenças no bebê, pois seu organismo ainda não está preparado para receber outro alimento que não seja o leite materno”.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Bom Saber...


Existe o risco da mulher que tem HIV passar o vírus para seu bebê durante a amamentação. Mulheres que vivem com HIV/aids, ou que suspeitem ter o vírus, devem procurar auxílio médico para ser testadas, aconselhadas e orientadas sobre como proceder para evitar a contaminação da criança.















É importante que todos saibam como evitar a contaminação pelo HIV. Mulheres grávidas ou jovens mães devem estar cientes de que, se contaminadas pelo HIV, podem transmitir o vírus a seus filhos durante a gravidez, no parto ou durante o aleitamento materno.

Mulheres grávidas ou mães que acabaram de ter seus filhos, se forem HIV positivo (ou apenas suspeitarem), devem procurar o serviço de saúde para ser testadas e orientadas.

A mãe HIV positivo não pode amamentar, mas o bebê pode tomar a fórmula infantil, que é de graça, em uma situação aconchegante, com a mesma atenção e carinho.

A gestante HIV positivo deverá receber o “Guia Prático de Alimentos para Crianças Menores de 12 meses que não podem ser Amamentadas”. A mãe soropositiva deverá ter sua lactação inibida logo após o parto por enfaixamento ou uso de inibidor de lactação. Deverá receber apoio tanto da equipe de saúde como das pessoas em quem confia para não se sentir discriminada por não estar amamentando.



Fonte: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_10018.htm

segunda-feira, 11 de março de 2013

Aleitamento materno UNICEF

© UNICEF/BRZ/Mila Petrill


Estudos demonstram que o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida pode evitar, anualmente, mais de 1,3 milhão de mortes de crianças menores de 5 anos nos países em desenvolvimento (Lancet 2008). Os bebês até os seis meses não precisam de chás, sucos, outros leites, nem mesmo de água. Após essa idade, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, mas a amamentação deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais.

Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir 22% a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28º dia de vida – nos países em desenvolvimento. No Brasil, do total de mortes de crianças com menos de 1 ano, 69,3% ocorrem no período neonatal e 52,6%, na primeira semana de vida.

O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois, auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E, além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.
Para incentivar o aleitamento materno exclusivo e apoiar mães e famílias no cuidado com seus bebês, o UNICEF utiliza, no Brasil, o kit Família Brasileira Fortalecida e o álbum Promovendo o Aleitamento Materno, para que o município assegure o direito da gestante e do bebê ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida. Também incentiva hospitais e maternidades para que se tornem Hospitais Amigos da Criança, mudando condutas e rotinas responsáveis pelos altos índices de desmame precoce e promovendo a humanização do parto.

Amamentação garante saúde ao bebê e à mãe



Bebês que são amamentados ficam menos doentes e são mais bem nutridos do que aqueles que ingerem qualquer outro tipo de alimento.

Utilizar substitutos do leite materno, como fórmulas infantis ou leite de outros animais, pode ser um grande risco para a saúde do bebê. Isso ocorre principalmente quando os pais não podem comprar os substitutos na quantidade necessária ou quando a água que utilizam para preparar o alimento não é limpa o suficiente.
Quase todas as mães conseguem amamentar com sucesso. Aquelas que não possuem confiança para amamentar precisam do estímulo e do apoio prático do pai da criança, bem como da família e dos amigos. Agentes de saúde, organizações femininas, a mídia e os empregadores também podem oferecer o seu apoio.

Todos devem ter acesso às informações sobre os benefícios do aleitamento materno. É obrigação de cada governo fazer com que as pessoas tenham acesso a essas informações.



Fonte: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_10003.htm

Receitas de uma boa amamentação



Conheça dicas importantes para facilitar a amamentação e evitar problemas comuns nesta fase de vida.



Amamentar não é um dom materno, que nasce com a mulher. Nem toda mamãe consegue amamentar seu filho sem alguma ajuda. E muitas, sem ajuda, desistem no meio do caminho. E como a amamentação hoje em dia é muito incentivada, mas não bem orientada, as mamães ficam com uma culpa enorme por não conseguir.

A mamãe sabe da importância do amamentar seu filho e o bebê sabe sugar. O problema está em juntar esses dois atos, principalmente quando o pequeno chora de fome. Quanto mais o bebê chora, mais a mamãe fica nervosa e mais difícil é amamentar.

Amamentação é um ato que deve ser aprendido, explica a fonoaudióloga Jamile Elias. A profissional dá dicas importantes para facilitar a amamentação e evitar problemas comuns nesta fase de vida.

A primeira delas é procurar um lugar tranqüilo para amamentar, onde mamãe e bebê possam se curtir ao máximo. A posição ideal para uma melhor amamentação é aquela em que o bebê abocanhe toda aréola do seio da mamãe. A posição normalmente mais fácil de fazer isso é aquela em que o bebê fica barriga com barriga com a mamãe, em que a cabecinha fica acomodada na volta de dentro do cotovelo da mamãe, facilitando também o contato olho a olho de mãe e bebê.

Se seu bebê já acorda berrando de fome, tente acordá-lo um pouco antes para que não chore de fome, dificultando a pega. O bebê estará mais calmo, abocanhará a aréola e nem mamãe e nem bebê ficarão estressados na hora da amamentação.

Segredinhos - Caso o bebê tenha o hábito de acordar com fome logo depois de ter mamado, como se não tivesse "comido", as mamães podem fazer o seguinte. Antes de dar o peito, esvazie-o um pouco para retirar o leite anterior que é constituído basicamente por água.

“É esse leite que mata a sede do bebê, por isso que um bebê amamentado somente no peito não precisa nem de água. Depois de esvaziado, o leite que ficará no peito será o posterior que contém mais gordura, matando mais a fome do bebê e o saciando melhor, oferecendo a ele um maior tempo de sono”, conta Jamile Elias.

Outro erro comum que não sacia a fome do bebê é mudar de peito sem esvaziar o primeiro completamente. Fazendo isso, o bebê toma todo o leite anterior de um peito e do outro peito. Quem não fica de barriga cheia depois de beber um monte de água? Mas a fome aparece rapidinho e é por isso que o bebê que acabou de mamar os dois peitos acorda logo chorando de fome. Deixe o bebê esvaziar todo um peito para depois oferecer o outro, assim terá certeza que o bebê mamou o leite anterior e o posterior.

Mesmo que o bebê não chore de fome, é bom esvaziar o peito um pouco antes de amamentar, principalmente se as mamas estiverem muito cheias, para o bebê abocanhar melhor toda a aréola. Quem consegue beliscar uma bexiga quando está completamente cheia? Se esvaziarmos fica mais fácil. É o que acontece com o bebê, abocanhar um peito muito cheio é mais difícil, assim o bebê abocanha somente o bico, machucando, e às vezes muito, a mamãe. Mamas pouco mais vazias são fáceis de abocanhar e toda a aréola ser pega, sem risco de machucar o bico.

Ainda há muitas outras dicas, mas já é um começo. Nunca dispense a orientação de seu médico ou de um especialista em amamentação, como um fonoaudiólogo. Esclareça sempre suas dúvidas.


Dicas

Nunca se culpe por não conseguir. Procure ajuda e verá que a amamentação ficará mais fácil.

Se as mamas estiverem muito cheias, evite banhos quentes. Prefira banhos mornos a frios.

Lembre-se sempre que o melhor alimento para o seu bebê até os seis meses é o leite materno.


Bruno Rodrigues http://guiadobebe.uol.com.br/receitas-de-uma-boa-amamentacao/

Será que leite é suficiente?



É comum que as mamães de primeira viagem fiquem preocupadíssimas se o bebê está sendo bem alimentado. Como saber se o seu pequenino já mamou o suficiente?

O bebê saudável molha muitas fraldas por dia. Em geral, são seis fraldas depois que ele começa a mamar regularmente. O xixi deve ser amarelo claro e as fezes soltas e amareladas nas primeiras seis semanas. Outra dica para saber se ele está mamando direito é ouvi-lo engolindo o leite e verificar se o peito da mãe fica mole e vazio depois de amamentar. O sono do bebê também é uma boa pista. Logo depois de uma boa mamada, com a barriga cheia e a fralda limpa, é provável que ele caia no sono. Isso é sinal que ele está satisfeito.

O peso do bebê também não deixa a mãe se enganar. Nas primeiras semanas de vida é natural a criança perder até 10% do seu peso e só voltar a recuperá-lo no final da terceira semana, para então começar a ganhar peso continuamente. O pediatra deverá acompanhar o ganho de peso a cada consulta.

Se tudo estiver parecendo normal com a alimentação do bebê e ainda assim ele parecer inquieto e choroso depois das mamadas, pode ser que outra coisa que não seja fome esteja lhe incomodando. E se a mamãe não conseguir detectar logo o problema, o melhor é conversar com o pediatra do bebê.

Fonte: Paula R. F. Dabus http://guiadobebe.uol.com.br/sera-que-leite-e-suficiente/

Só leite materno até os 6 meses



Os pediatras não cansam de dizer: até os seis primeiros meses o bebê não precisa de mais nada além do leite materno. E pode acreditar. Não fique pensando que o seu pequeno deve estar cansado de comer sempre a mesma coisa nas refeições. Nem água ou chazinho é necessário nesse período. Isso pode diminuir a vontade de mamar e a conseqüência é a diminuição na produção de leite. A conta é simples: quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido. Portanto, nada de querer incrementar o cardápio do seu pequenino.

O leite é o alimento ideal para matar a sede e saciar a fome do bebê. “De uma maneira simplificada, podemos explicar que o leite do início da mamada é mais rico em água e açúcar, saciando também a sede do bebê, e o do final da mamada, mais rico em gordura, sendo mais calórico e fornecendo mais saciedade e ganho ponderal à criança”, diz a pediatra Sílvia Maria Baliero Nigro. É por isso que os profissionais de saúde usam os termos leite do começo e leite do fim.

É só depois dos seis primeiros meses que o bebê vai poder experimentar novos sabores e texturas, quando são introduzidos mingaus, sopas e frutas no menu.

Fonte: Paula R. F. Dabus http://guiadobebe.uol.com.br/so-leite-materno-ate-os-6-meses/

sábado, 9 de março de 2013

Dieta para lactante



Um cardápio completo, de uma semana, para as mulheres que engordaram muito na gravidez e agora precisam recuperar o peso e se manter saudáveis na amamentação

Se você acumulou mais quilos do que deveria, não há motivo para desespero. Logo após o parto, são eliminados entre 6 e 8 kg apenas com a retirada do bebê, da placenta e com a expulsão de líquidos. Uma semana depois, boa parte do inchaço vai embora e, com ele, mais uns 8 kg. Outro número que vale a pena ter na cabeça: para produzir leite e amamentar, o organismo consome cerca de 500 calorias por dia, o que equivale a um almoço bem servido, com direito a sobremesa! "Se a mãe fizer uma dieta balanceada, entre 1.800 e 2.000 calorias por dia e se exercitar de acordo com a recomendação do obstetra, facilmente ela vai enxugar de 500 g a 1 kg por semana. O melhor de tudo: sem prejudicar a disposição e a imunidade", afirma a nutricionista Flávia Ramos, do Rio de Janeiro.

Para chegar lá, a especialista sugere fazer de seis a oito pequenas refeições ao longo do dia, consumir alimentos ricos em fibras e água e pobres em gordura e dar preferência às frutas e aos cereais nos intervalos. "Assim, você evita os picos de insulina, que aumentam a vontade de comer doce", completa ela, que assina o cardápio abaixo. Invista na recomendação, conquiste um peso saudável e fique bem nutrida para amamentar seu bebê.












Fonte: Shâmia Salem e Simone Ota http://bebe.abril.com.br